Aumenta a cada dia o número de pessoas que realiza atividade ao ar livre. Nosso objetivo aqui é, de forma simples, demonstrar como proceder em situações de emergência em uma aventura. Nesse artigo, abordamos sobre procedimentos para lidar com diferentes tipos de cortes.
Canivete, faca, facão, serra… Todos esses objetos são regularmente encontrados entre os equipamentos de quem acampa ou realiza qualquer tipo de aventura em ambiente natural. Todos eles poder ser vitais na hora da sobrevivência, mas por mau uso ou descuido, podem causar ferimentos que, dependendo da gravidade, podem levar ao óbito se não forem devidamente tratados.
Confere abaixo os tipos de cortes hemorrágicos e o que fazer em cada situação.
Hemorragia capilar (cortes superficiais)
É um sangramento com menos volume de sangue, que ocorre nas veias capilares. Nada mais são do que pequenos ferimentos, como esfolamentos ou arranhões. Quando pequenos, não há muita dificuldade em controlar o sangramento. Mas é de suma importância realizar a assepsia (limpeza) do local de forma correta, já que a quantidade de bactérias em um ambiente ao ar livre ou acampamento é grande e o contato dessas bactérias com o corte pode gerar uma infecção.
A limpeza do corte deve ser feita com soro fisiológico ou água potável. Depois que o ferimento estiver bem limpo, utilize gaze e micropore para cobrir a área e impedir contato do ferimento com terra ou qualquer outro tipo de sujeira.
Hemorragia venosa
É decorrente do corte de uma veia onde o sangramento é contínuo e lento. Ele poderá ser estancado com uma atadura, gaze ou ainda uma toalha, pano ou roupa (desde que o tecido esteja limpo), que deve ser pressionado sobre a hemorragia de forma contínua. Se o corte for nas extremidades (pé, pernas, braços ou mãos), é importante levantar o membro para diminuir o fluxo sanguíneo naquele local e facilitar o processo de estancamento.
Hemorragia arterial
Quando uma artéria é rompida ou cortada e o sangramento ocorre em jatos intermitentes, acompanhando o bombeamento cardíaco, esta situação já é bem complicada e requer mais atenção. Por se tratar de uma artéria de grosso calibre, a saída de sangue é muito rápida e em grande quantidade. Quando uma pessoa perde 2,5 litros de sangue, ela já pode entrar em choque hipovolêmico – quando seus batimentos diminuem até o ponto de a vítima ter uma parada cardíaca.
Nestes casos, quem estiver prestando socorro precisa ser rápido, pressionando fortemente o local do corte. Dependendo do local, se for possível, faça um torniquete para ajudar a impedir a passagem do sangue. Mas, nesses casos, a procura pelo socorro especializado é de suma importância, com o máximo de urgência.
Hemorragia interna
A hemorragia interna se dá nas camadas mais profundas do organismo, em músculos ou mesmo em órgão internos. Ela pode ser oculta ou se salientar através de algum hematoma (mancha arroxeada) na região da hemorragia. Além disso, a vitima apresenta sudorese (suor) em excesso, lábios roxos, pele fria, sede intensa e, principalmente, queda do batimento cardíaco.
Nestes casos, o socorrista deve acalmar a vítima, mantê-la acordada, em uma posição confortável, e não dar, de forma alguma, água para ela. O mais importante nessa situação é procurar atendimento médico de urgência.