Local da história: Barra do Una da Juréia
Data da história: 8 de Abril de 2015
Enviada por: Marujo Cardoso
Olho pela janela da minha gaiola (apartamento), e vejo aquele caos lá fora com gritarias e ruidosas buzinas entre as cinzas da poluição e os tons cinza do concreto urbano. Lá embaixo pessoas ou zumbis olhando as telas coloridas de seus celulares, com os seus cérebros conectados nas redes sociais… “o que estou fazendo aqui?” me pergunto! Nesta crise de depressão social me vejo arrumando minha mochila, colocando nela todos os meus equipamentos e minha pequena casa de poliéster mochila adentro… que falta? ração de sobrevivência, também chamados de alimentos: e me coloco em direção ao supermercado; bom tudo pronto manhã estarei à caminho.
Às 6:00 hs toca o despertador, após um banho, e com roupas surradas, me coloco em direção da parada de ônibus com a mochila nas costas. Mas qual destino? Destino qualquer, longe dos computadores, longe de alcance de celulares, longe do concreto frio, longe do formigueiro urbano. Após longas e intermináveis horas e intermináveis estradas, chego ao seio da natureza e me vejo escolhendo um bonito lugar a beira rio, para passar as noites e os dias, mas qual? Todos os lugares são cada um mais bonito do que o outro, então sem pensar me coloco a armar a minha barraca de acampamento de modelo simples mas funcional.
E ao término ao entardecer e a escuridão já se apresentando, preparo um jantarzinho simples mas nutritivo, aguardando o anoitecer. Horas se passam e me coloco dentro de um saco de dormir, com vestimentas em camadas, me preparando para a queda brusca de temperatura nas madrugadas vindouras. Acordo às 2:00 hs da madrugada, com um vento frio soprando sobre a barraca, olho um pequeno termômetro digital de um dispositivo levado, e a temperatura em 10° C me motivando a fazer um chocolate quente, para melhorar a minha sensação térmica e voltando à dormir.
Acordo com o canto dos pássaros em algumas árvores adjacentes e com o sol iluminando e aquecendo com os seus raios os meus inesquecíveis dias, assim como toda a beleza da flora e fauna local nos dias em que lá estive, restaurando as minhas energias para novos conflitos no palco da vida, na sociedade humana-urbana para não viver sem razão.
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