Local da história: Parque Nacional de Bocaina / SP
Data da história: fevereiro de 2012
Enviada por: Daniel Fraga
Viajei com 3 amigos para o parque de Bocaina, onde circula apenas4x4, com o objetivo de chegar na Cachoeira dos Veados e fazer um cachoeirismo.
Após passarmos por São José do Barreiro, seguimos em direção ao parque fazendo duas paradas. Uma para conhecer a Casa de Pedra, os escombros desta são um ponto turístico da região. E outra parada no ponto para salto de asa delta, onde tivemos uma vista magnífica. Após entrar no Parque, conhecemos a Cachoeira Santo Isidro, esta possui 80 metros de queda e forma um ótimo posso para banho.
Voltamos para a Land prosseguindo viagem, tendo que atravessar rios e trechos difíceis. Após a Cachoeira das Posses, chegamos á área de camping, uma fazenda muito aconchegante. Montamos nossas barracas e na hora de preparar a janta, a chuva nos impediu de fazer um saboroso Miojo. Felizmente tivemos os serviços da cozinheira da fazenda. Pedimos informações ao dono do camping, ele nos disse que teríamos de realizar uma caminhada de 5km ate a trilha do ouro e depois mais 5km. Todo o trecho reto plano e tranquilo.
Começamos nossa caminhada, com muito peso nas costas, pois voltaríamos no dia seguinte. Porem alem do sol extremamente forte e subidas inclinadas andamos 10km ate a trilha do ouro e não 5 como haviam dito. A trilha era totalmente fechada, as pedras estavam escorregadias e não era nada plana. Já estávamos cansados, e o liso das pedras não facilitava a decida que se tornava cada vez mais íngreme.
Após mais 4km percorridos encontramos um morador, que nos acompanhou pela trilha, de acordo com ele mais vinte minutos e já estaríamos na cachoeira. Mas depois de 40 minutos ainda não estávamos na cachoeira, nos víamos agora de frente a uma trilha estreita ao lado de um barranco e extremamente inclinada. Mais meia hora de decida e escorregões, finalmente estávamos na área de camping. Montamos o acampamento e corremos em direção a cachoeira, e esta não foi de desapontar. Vimos aparecer entre a mata fechada uma verdadeira obra de Deus. Com duas quedas que despencam de 200 metros de altura, levantando um cortina branca de fumaça em meio a todo o verde vivo da mata, que se encontra com o azul limpo do céu. Naquele momento todo o esforço se tornara insignificante, perante o esplendor a nossa frente.
Após alguns mergulhos, a observamos e percebemos que não havia acesso para subir a cachoeira e realizar o rapel, a não ser que quebrássemos mato no peito, o que era desanimador no atual estado de cansaço. O pior e que aviamos trago todo equipamento a toa. Então resolvemos fazer o que mais gostamos de fazer numa cachoeira, dormir.
Meus colegas deitaram a sombra de uma arvore, eu cometi o erro de deitar em uma pedra com os pés na água, e a mão sobre o peito. Quando acordei percebi o que sol avia deixado seu autografo. A marca da mão em meu peito foi á piada do momento.
Voltamos ao camping tomamos banho de rio, gravamos um comercial de sabonete estrelando nosso Playboy Thiago, descobrimos que ele tinha trago creme de massagem, o que não pego muito bem ao lado da cachoeira dos Veados. Colhemos lenha e tivemos uma ótima janta de arroz em saquinho e miojo. Antes de dormir, aproveitamos a lua cheia para apreciar a cachoeira e nosso amigo Thiago não soltava a faca com medo do escuro da mata. Ate dormiu com ela.
Tomamos nosso café da manha. E antes de partir tivemos uma ótima surpresa da cachoeira. Um belíssimo arco Iris fora formado, com todas as cores existentes, juntamente com a queda d’água proporcionou a imagem mais bela já captada por nossos olhos.
A volta foi mais fácil já estávamos preparados para o que viria e não andaríamos 20 quilômetros esperando apenas 10. Pegamos o carro e apesar da trollada, agradecemos o dono da fazenda. Na hora de dar a ré quebramos um tanque de lavar roupa de concreto onde havia flores da cozinheira, ficamos com um grande peso na consciência. A land passou por cima como se fosse nada. Voltamos para casa, tranquilos e renovados depois dessa ótima viagem.
